20 de fev. de 2013

Esperança que não morre. Mas que deveria.

Andara sem rumo pelas ruas da cidade, à beira da colisão. Fitara os olhos na lua e nas estrelas, pedindo para que ele estivesse bem. Foi assim que aquele sorriso tão aprazível se perdeu em meio as lágrimas. Os sonhos e projetos para o futuro ficaram presos ao passado. Um alegre passado, diga-se de passagem. 

Tentara encontrar em outras pessoas aquele olhar bobo que só ele tinha. Sem saber que palavras usar, ela dissera: “É apenas saudade”. Mas todos nós sabíamos que não. Era mais que saudade. Muito mais. 

Sentada num banco em uma praça, estava desmoronando, mas continuaria sobrevivendo. Estava tudo confuso e ela apenas tinha certeza de uma coisa: precisava dele. Olhando para uma fotografia, percebera a maneira como ele sorria, tão deleitável. Ela sempre ficara em pedaços quando estava sozinha, ela nunca se sentia bem quando ele ia embora. Ela não se sentia forte o bastante para aguentar toda aquela situação. E mesmo assim, não desistia. 

Sentira o cheiro do perfume dele em suas roupas. Sentira o gosto dos beijos dele em seus lábios. Sentira o coração bater mais forte ao pensar nele. Aquele mesmo coração que ele deixara sangrando, doendo. Não era drama. Era só que ela achava que não deveria estar doendo tanto assim. Mas estava. E nada que ela fizesse acabaria com aquela dor. Não, ele não voltaria. Todos sabiam disso, menos ela. 

Ela chorava, gritava, implorava pela presença dele. Observava as pessoas em sua volta, procurando encontrar em alguma delas o seu sorriso, o seu olhar. Procurando encontrá-lo. Via casais e começara a relembrar todos aqueles momentos que passaram juntos. Eram tantas lembranças, era tanta dor. Siga em frente menina, você ficará bem — ouvia uma voz dizendo. A voz do seu coração. 

E foi assim que ela seguiu em frente com uma pequena esperança de encontrá-lo em uma esquina qualquer.


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